
"Pequeno Johnny, você come muito pouco!"
O mesmo Monstro repete
"Pequena Anny, você não come quase nada!"
Desse jeito ficarão doentes!
Meu poema não é um haikai
À noite eu os escondo
O Monstro continua a crescer se for irritado
Precisa de uma atenção maior
Ele não usa talheres
Já não é mais humano
Mas também não é mais fantasma
Suas pegadas se aproximam
O Monstro não quer dinheiro algum!
O Monstro não quer muita conversa!
O Monstro não tem medo algum!
O Monstro provavelmente irá comê-los!
Ele veio e repetiu bem alto
"Corajoso Johnny, você não tem aonde ir, certo?"
Sua risada apavora qualquer um quando diz
"Apetitosa Anny, você será a próxima refeição!"
No meio da noite não há dúvidas
Quando o silêncio domina é bem pior
Suas palavras são mais claras
É melhor não dizer nada
Suas palavras são mais claras
Quando ele quer comer
É só não alimentá-lo para deixá-lo furioso
Uma dose de maldade bem humana
O Monstro mesmo assim resmunga
"Você não está nem um pouco saudável Johnny!"
Quando não está gostando
"Quero sua toda a sua inteligência Anny!"
Quando a hora se aproxima
O Monstro não tem amigos
É um puro canibalismo
Ele comerá de um por um
Não adianta disfarçar
Por que ele vai te alcançar
Ele não está no rumo para esquecer
Qual de nós será o primeiro?
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