Conto "Marido à la Vonté", por Dylan.

Este foi o primeiro conto que eu escrevi este ano.
Resolvi postar os contos que escrevo caso alguém queira lê-los.
este eu escrevi, não lembro a data, mas foi no começo deste ano.
bem, e antes que vocês leitores não tomem um susto,
meus contos são de ficção-fantasia-mistério.
Ou seja, não se assustem se encontrarem em minhas entrelinhas seres como vampiros, bruxas, duendes, assassinos, serial killer's, fadas, goblins, lobisomens, metamorfos, paranormais e muitas outras coisas....
Espero que gostem ! *_*

MARIDO À LA VONTÉ
~ Um crime com pitadas de amor ~

Eis uma história que se passa numa pequena rua de Drackwood*. Perto da pequena biblioteca, morava uma cozinheira falida chamada Jolia Bellet. Ela já havia arranjado emprego em três dos mais movimentados restaurantes de D.W. A coitada não tinha filhos nem animais de estimação, mas tinha um marido que lhe batia algumas vezes por semana. Os dois não se gostavam e mal se falavam. Ele passava o dia inteiro no trabalho, enterrado naquela maldita cadeira reclinável que levantava o seu ego. Em casa ele também tinha uma cadeira reclinável em frente a TV. Era uma cadeira grande e acolchoada de almofada vermelha. Uma cadeira comprada no Wal-Mart com muito trabalho, dado a ele no seu aniversário.
Eram quase sete horas da noite quando o marido de Jolia chegou do trabalho, cansado, vermelho e ofegante. Especialmente naquele dia, Jolia tinha feito um pudim para servir na sobremesa. Era este o doce favorito de seu marido. Depois do jantar, ele comia o seu pudim sem pausas e fazia um barulho irritante com a colher que batia nos dentes.
As poucas coisas irritantes foram sendo somadas a indignação de Jolia. Pouco depois do pudim, o homem foi sentar-se na sua cadeira reclinável bem em frente a TV. Ficou ali até pegar no sono.
Jolia estava farta de tudo aquilo. Cada gargalhada que ouvia era como se fosse uma gargalhada a menos em sua vida. Nunca desejou tanto a morte de alguém como a do seu próprio marido. Ela estava certa do que ia fazer...
Esperou o barulho da TV cessar e o marido subir as escadas até o banheiro. Pegou a maior faca que tinha e subiu em silêncio. Tensão. Dúvida.
Em sua concepção, tudo estava prestes a acabar assim que cortasse aquela garganta. Tudo passava em sua cabeça tão rápido que nada naquele momento a faria desistir. Antes que pudesse atacá-lo, pensou “e o corpo? Que fim daria àquele homem alto e gordo?”
Decidida, não pensou duas vezes e “slap!”, passara a lâmina afiada pela jugular de seu, agora, ex-marido. Ele caiu no chão fazendo o chão tremer, enorme, jorrando um sangue vivo demais para um animal nojento que era.
Desceu até o porão e pegou algumas cordas, amarrou o homem pelos pés e começou a puxá-lo escada abaixo. Sem sucesso imediato, decidiu logo por chutá-lo,e foi o que fez e isto lhes deu certo prazer. O cadáver fez um estranho barulho ao cair da escada. “Deve ter quebrado o pescoço”, pensou Jolia dando um risinho satânico.
Exausta, empurrou o corpo para o porão. Foram vários dias de tensão. Se alguém notasse o sumiço repentino daquele homem viria logo perguntá-la. Aí ela estaria encrencada. “Tenho que sumir com esse corpo!”,pensava ela já maquinando um plano eficaz.
Na noite seguinte, com uma pá e alguns lençóis velhos, a cozinheira finalmente enterrou o ex-marido. Agora sim sentia-se bem melhor, todo o seu sofrimento estava enfim acabado e enterrado a sete palmos. Quando pensava que o seu marido, enterrado no quintal, nunca mais lhe serviria, uma ideia diabólica, porém bastante criativa, veio a sua mente. Até hoje não se sabe ao certo que fim teve o corpo do ex-marido de Jolia, o que é contado é que daquele dia em diante, cozinheira enriqueceu vendendo tortas misteriosamente deliciosas...

* Drackwood é a cidade fictícia de um livro que estou escrevendo(The First Bite), então, em muitos contos pode aparecer o seu nome.