ロバ の 休日 - Donkey Vacation

Esqueci os livros e a mala
Eu lembro de ter deixado um sno ball* suculento em algum lugar
Mas não, o que eu sei é esquecido
Minhas mãos livres e fora da janela


São as minha tão-tão-tão-esperadas FÉRIAS!


Eu logo adormeço e penso no amanhã
E seu o carro quebrar bem na metade da metade do caminho
Eu não tenho quaisquer preocupações
Somos só eu e minhas lembranças 


Estou curtindo as minhas tão valiosas FÉRIAS!


Eu omito a verdade de que estou gravemente doente
Quando estou comendo bacon frito sentado em minha cadeira retrátil
Eu também não atenderei a campainha ou as chamadas no telefone
Somos eu e o velho Johnny Cash 


Esquecendo tudo nas minhas delirantes FÉRIAS!
Girando e girando sob o sol quente das FÉRIAS!
Comendo e cantando as minhas tão sonhadas FÉRIAS!


*sno ball: bolinho americano de chocolate recheado com marshmalow e coberto com chatilly e côco (http://www.incredifood.com/wp-content/uploads/2011/02/Sno-ball_half.jpg)

Le Cirque Macabre

Todas as mulheres nas pinturas

Todas as formas distantes e à procura

Labaredas e latidos

Vôos circulares e quedas fatais

O dono do circo sempre espera o espetáculo acabar para maltratar

No final do dia estamos todos cansados assim como os animais


Todos os animais em suas jaulas

Todos os seus pensamentos loucos e distantes

Gritos e sussurros

Rugidos obrigatórios e passos ensaiados

A mulher do dono é encantadora, e ela nunca participa no picadeiro

E no final de tudo a comida é uma droga


Todas as crianças tristes e maltratadas

Todas as atrações tudo uma grande mentira

Olhares e sorrisos

Malabarismos e ilusionismo

O verdadeiro espetáculo não está aqui no picadeiro

No fim é tudo ilusão

De Profundis - Part I ~ Ingressus



Os piratas perdidos
Se esqueceram como remar
Suas canções se calaram
Suas preces cessaram
Seus medos distantes

Suas famílias estão longe
E fantasmas marinhos de outros tempos
Eles sussurram de propósito
Seus mistérios ancorados
Emergem à tona piores do que antes

Todos remam para lugar nenhum
Deixam os prazeres de suas vidas
Para viverem incertos nas águas profundas
Profundas são as saudades
Profundas são as mágoas


WHITE ALLIGATOR



O jacaré branco quando cada vez mais perto
Me deixa sempre ansioso
Isso é preocupante

Velhos rostos de pessoas desconhecidas
E suas xícaras cheias pela metade
Aonde há o problema afinal?

Toda uma vida preocupada
Seus sofrimentos, suas alegrias
Viveria tudo novamente?

Eu vi um guarda-roupa trancado
E dele saíram todos os animais conhecidos
Estavam em pares

Nos olhos tristes há esperança
E nos bolsos dos sonhadores há sempre mais uma solução
E é deles que me acompanho

ASH TO ASH, Loudermilk

Uma música: "Ash to Ash" da banda Loudermilk

Ash to ash and dust to dust,
We dream a lot...we sold our trust
I passed away
So sad to say
An avalanche in outer space
An ambulance
An astronaut
A telephone
A broken heart
A photograph above your bed
Three little words you never said...
How the beloved fall,
Your voice just breaks in pieces when you call
I've left but not at all
A beautiful disaster with you all forever through your days
Ash to ash and dust to dust
We fell apart
Metropolis
A rocket ship
A starry taste
I lost myself in outer space
How the beloved fall,
Your voice just breaks in pieces when you call
I've left but not at all
A beautiful disaster with you all forever through your days
Broke out in fever after i was baptized
Tasted her sugar right before we capsized
One third of all angels fell

Ash to ash and dust to dust

The Satyr (O Sátiro), de C.S. Lewis



Quando as mãos floridas da primavera

Por diante as suas riquezas florestais arremessar

Através dos prados, através dos vales

Vai o sátiro a cantarolar


Da montanha e do pântano,

Floresta verde e na costa do mar

Todos os parentes das fadas, ele arregimenta

Sempre a musicar


Veja! A pelagem felpuda cresce

Abaixo de suas hastes retorcidas,

E os seus pés estão terrivelmente rachados

Apesar de sua testa ser branca como a neve -


Apesar de sua testa ser clara e branca

E abaixo dela fantasias brilham,

Sabedoria e pensamentos altos são tecidos

E as músicas de prazer,


Apesar de suas têmporas serem claras também

Dois chifres ali estão crescendo

Irrompendo adiante para separar

As riquezas de seu cabelo


Donzelas do país das fadas, ele pode atender

Voam os chifres e os pés de bode,

Mas, seus tristes olhos castanhos com maravilha

Vendo ficar a partir de sua retirada.


*Poema que traduzi do livro Spirits in Bondage, de C.S.Lewis

Monchy-Le-Preux (Noite Francesa), de C.S. Lewis


Longas léguas em cada mão nas trincheiras
E tudo continua, agora anoitece nas raias
Bebemos em um gelado silêncio divinal
Acima de nossas cabeças a lua pálida cavalga.

As garras fortes e assustadoras de uma vila saqueada;
Fora da serra que engoliu o sol,
Que estava raivoso e desistiu
Ia para a direita e esquerda perto de onde toca o céu.

Um avião barulhento vem vindo, ele parece
Uma mosca indo à Lua. Ele se dirige
Ao circulo pálido e certamente se achega
Aquela terra branca dos melhores sonhos.

Falso e fantasioso zombador! Sonho
Com quem agora só pode ver vulgarmente
Aquele que não está perto da Lua comigo
Ela é só uma rocha perto do Sol potente.

Como eu pude sonhar?
Eu sou um lobo. Voltei ao meu lugar,
Voltei aos lobos que eram humanos
que só podem latir e não mais cantar.

Poema de Spirits in Bondage de C.S. Lewis publicado em 1919 com o pseudônimo de Clive Hamilton, quando tinha vinte anos.

BOOKS!

Nossa! Quantas coisas eu tenho visto e aprendido em um só dia! Conheci tantos escritores e seus formidáveis trabalhos que isso me deixou vertiginosamente curioso e esplendidamente inspirado. Vou mencionar alguns dos escritores e alguns dos lugares por onde passei hoje:

- A Trilogia Cósmica ou A Trilogia Espacial, de C.S. Lewis
Aqui eu preciso mencionar que este é um dos mais inteligentes e sábios dos homens que já ouvi falar ou que conheci. Suas obras são perfeitamente esplêndidas, sem erros praticamente (tá bom, exagerei). Já tive a oportunidade de ler sete de seus principais livros, da série As Crônicas de Nárnia, mas agora comecei a ler a sua nova (velha, nova pra mim) série conhecida como Trilogia Cósmica (não, isso não é coisa de nerd! É literatura!), na qual um filólogo viaja por outros planetas conhecendo novas espécies e novos seres. Os livros são Além do Planeta Silencioso, Perelandra e Aquela Força Medonha.

- James e o Pêssego Gigante, de Roald Dahl
Outro autor clássico que tive a oportunidade de ler, este também está na lista de homens sábios, suas obras mais conhecidas são A Fantástica Fábrica de Chocolate, Matilda, James e o Pêssego Gigante e Os Gremlins. Sua biografia é curiosa e seus trabalhos envolvem os conflitos na Líbia e outros estudos sobre o Oriente Médio. Os livros que citei são conhecidos por serem filmes também.

- O Cemitério, de Stephen King
Outro autor fenomenal! Stephen teve uma curiosa criação, com problemas na adolescência devido a separação dos pais. Quando era adolescente assistiu a morte de um amigo, que foi atropelado por um trem; muitos fãs justificam esse fato ao ser questionada a origem de suas obras macabras, mas ele nega tudo. Bom, suas obras mais conhecidas (a maioria) virou filme como Cemitério Maldito, Carrie - a Estranha, O Iluminado e Colheita Maldita. Descobri também a sua maior obra literária que tem causado várias polêmicas chamada A Torre Negra, que foi escrita durante trinta e três anos! A série tem sete livros, o oito será lançado este ano, e conta sobre um pistoleiro em busca dessa torre, envolve ficção, terror e fantasia (ou seja, deve ser uma total viagem!), foi baseada num poema épico de Robert Browning chamado Childe Roland to the Dark Tower Came (Childe Roland à Torre Negra Chegou)

P.S: Essa série é tão famoso e tão célebre que o escritor recebeu cartas de leitores que estavam à beira da morte pedindo para que ele revelasse o final da história, ele não disse, é claro, pois ainda está escrevendo-a. O oitavo volume será lançado este ano: The Dark Tower: The Wind Through The Keyhole (A Torre Negra: O Vento Pelo Buraco da Fechadura)

- The Sketch Book of Geoffrey Crayon, de Washington Irving
Famoso por escrever a Lenda do Cavaleiro Sem-Cabeça e pelo conto mais conhecido nos Estados Unidos "Rip Van Winkle", que conta a história de um homem que deitou-se debaixo de uma árvore para tirar um cochilo e dormiu por vinte anos. Nesse livro há mais outros contos, mas é uma pena que não encontrei versões traduzidas para download U.U.


THE BOY IN THE CEMETERY


GRAVEDIGGER LOVE STORY

Vou contar uma história
Sobre William Shelley
Que trabalhava como coveiro
Sempre que podia

William Shelley tinha um amor
E seus pensamentos se perdiam
Entre covas, lápide e epitáfios
E de sua pá esquecia

Seu nome era April
E ela era uma bailarina
Passava todos os dia por ali
Mas não tinha medos supersticiosos

Só apressava o passo quando avistava
O estranho garoto coveiro
E fingia que não via
Corria, corria e corria

Mas certo mágico dia
A vida de William Shelley mudou
Quando um cortejo no cemitério chegou
E uma nova cova precisava ser cavada

Não conhecia nenhum dos parentes
Nem de seus rostos podia lembrar
Mas de uma pessoa ele certamente lembrou
Da pessoa que dormia tranquila

Era April a sua nova inquilina
E tinha o rosto rosado como uma pequena menina
Sua mãe estava como todas as outras
Pobre mãe, pobre pai

O fato é que no fim
Restaram só ele e ela
E muito conversaram
E William descobriu a bela pessoa que April era

Conversaram sobre tudo
Mas não trocaram telefones
Por que no fim do dia
April teve que dormir para sempre


HONEYCREEPER M(OvO)M




A vida começa cedo
Tenho sempre um longo dia pela frente
De flor em flor
Delicadamente
Graciosamente

Um bico não é suficiente
Um amor aqui ao meu lado
Nós dois e o sol
Rapidamente
Alegremente

As flores, suas cores
Juntas são uma vista para os olhos
O bater das asas
Cegamente
Diariamente

Seus olhos nos meus olhos
Somos livres e vamos aonde queremos
Sem precisar voltar
Envelhecendo
Esquecendo

Juntamos tudo no final do dia
E eis a recompensa
Eu te amo, o que mais pode existir?

O MONSTRO 'O,,O'




O monstro diz preocupado
"Pequeno Johnny, você come muito pouco!"
O mesmo Monstro repete
"Pequena Anny, você não come quase nada!"
Desse jeito ficarão doentes!

Meu poema não é um haikai
À noite eu os escondo
O Monstro continua a crescer se for irritado
Precisa de uma atenção maior

Ele não usa talheres
Já não é mais humano
Mas também não é mais fantasma
Suas pegadas se aproximam

O Monstro não quer dinheiro algum!
O Monstro não quer muita conversa!
O Monstro não tem medo algum!
O Monstro provavelmente irá comê-los!

Ele veio e repetiu bem alto
"Corajoso Johnny, você não tem aonde ir, certo?"
Sua risada apavora qualquer um quando diz
"Apetitosa Anny, você será a próxima refeição!"

No meio da noite não há dúvidas
Quando o silêncio domina é bem pior
Suas palavras são mais claras
É melhor não dizer nada

Suas palavras são mais claras
Quando ele quer comer
É só não alimentá-lo para deixá-lo furioso
Uma dose de maldade bem humana

O Monstro mesmo assim resmunga
"Você não está nem um pouco saudável Johnny!"
Quando não está gostando
"Quero sua toda a sua inteligência Anny!"

Quando a hora se aproxima
O Monstro não tem amigos
É um puro canibalismo
Ele comerá de um por um

Não adianta disfarçar
Por que ele vai te alcançar
Ele não está no rumo para esquecer
Qual de nós será o primeiro?


Assassinato no Maxim's



O desenhista da Madeleine
Escreve cartas toda sexta-feira
Seus destinatários estão tristes
Mas eles preferem esconder a verdade
Esconder a verdade

Sua vizinha é Jacqueline
A garçonete suicida do Maxim's
Anota seus pedidos com corações
Nos pingos dos i's
Corações nos i's

Mas Madame Pi-Pi sempre reclama
Santos Dumont gosta mesmo é de sopa de repolho
Assim como seu gêmeo amigo George Goursat
Seus chapéus são os mesmos
Sim, idênticos

Mas aqui a história se torna cabeluda
E nem Gigi pode ouvi-la
Enquanto Ho Chi Minh cozinha macarrão
Algo não está certo
Já é bem tarde

Um corpo foi encontrado
Mas quem será o culpado?
Seu nome não tem i's...
E ele tem os pés no chão...

*As pessoas citadas são famosos ou personagens de obras nas quais o cenário é o Maxim's, um famoso restaurante francês. Entre seus mais famosos frequentadores estão Santos Dumont

ÉTUDE




Eu queria poder dizer que é tudo uma grande mentira
Mas estou entorpecido nesse sentimento
O sol derrete sobre meus olhos cansados
E nem se eu aprendesse Clair de Lune* eu estaria satisfeito

Meu pobre e incansável étude**
Me leva a você
Eu esqueço meu nome, as pontes, as teclas
Quero dissolver nesse sentimento

''Nos trovões, nos relâmpagos ou na chuva''***
Eu remarei sozinho
Com meu único remo quebrado
Em meu bote furado

Mas fique ciente de que
Meu étude me guia a você
E quero esquecer minha casa e meus irmãos
Quero flutuar nesse sentimento

Eu quero continuar admirando...


*Clair de Lune: composição de Claude Debussy
**Étude: exercício musical, étudez ('estudo')
***Citação de Macbeth, de Shakespeare

カニ と 共 に 去りぬ ~ GONE WITH THE CRAB



Está nublado de alguma forma
Mas nossos guarda-chuvas permanecem estendidos
Nossos bolinhos preferidos e nossos desenhos molhados
Devíamos correr como antigamente

Nós não rimos assim constantemente
Isso é assustador
Mas algo me diz que não devemos esquecer
Esse forte sentimento esperançoso

Alegria, ela se acaba aos poucos
E, antes que perceba, se foi
Nós desenhamos um mapa de lugar nenhum
Ele não servia se não estávamos juntos

Se alguém disser uma mentira
Será mais fácil, ela é confortante
Mas não devemos esquecer quem realmente somos
Antes que se vá

SOMETIME IT HAVE TO GO

Hole

Há um buraco bem no meu coração
E eu não consigo amar
Eu não sou anormal
Só não quero cavar mais

Há um buraco bem na sua mente
E é como se não houvesse dois buracos na sua cabeça
Pelos quais você não ouve
E eu não quero cavar mais um

Há sempre um buraco suficiente
Eles suportam qualquer dor
Menos uma
Você sabe qual

Esses buracos não somem
Eles não vão embora
Apenas surgem outros
Com que nos preocupar

Todos temos buracos
Eu espero, assim como qualquer um
Ter furado alguém
Você sabe quem
"É melhor fazer o que você ama, arrependimentos e tudo
A vida é longa, mas a juventude é menor do que eu pensei
Todos os dias são domingo"
Boom Boom Beat

Down The Abbey Road (With My Kids At The Candy Shop)




Abbey Road
I'm the first and the last
Take my candies at the Bourdon's
Where's my kids?

Little Polly
I can be your best friend
Only if you promise me
You won't take diet pills

Jack Boy
Forgot his toy
At the mushroom room
Called "Silence Ville"

Pretty Holly
I know you're not quite so
Sweetie, lovely and docile
When you're fucking next door

Dear Rachel
You took my eyes off
Put it inside a box
Too many eyes to see

Evil Tim
You're not the queen
Just have a sit
Eat your jelly beans

My first daughter
Beverly Hills
They love each other
And hide the pills

Weird Stan
Where's your parents?
Don't you have a home?
Where do you go now?

Where's my kids?
I think I let them at the candy shop
Do they come back?
Or gonna eat all the candies?

Can-nana Fever, by Guitar Wolf

Rock'n'Roll!


Eu tenho uma luz vermelha no meu coração
Acelerando ao máximo, louco pela Can-nana
Esse pouco de perigo nunca vai parar
ao máximo, ao máximo, vai vai vai
Can-nana Can-nana Can-nana Louco pela Can-nana

A Kawazaki está voando na estrada preta
Acelerando ao máximo no caminho Louco pela Can-nana
No meu bolso eu tenho Rock'n'Roll
ao máximo, ao máximo, vai vai vai
Can-nana Can-nana Can-nana Louco pela Can-nana

um, dois, três, quarto

Eu tenho uma luz vermelha no meu coração
Acelerando ao máximo Louco pela Can-nana
Esse pouco de perigo nunca vai parar
ao máximo, ao máximo, vai vai vai
Can-nana Can-nana Can-nana Louco pela Can-nana

*Can-nana (Loop 7) é o nome de uma estrada de Tóquio

ムチャチャ おとぎ話 ~ Muchacha Fairy Tales

Sentados à mesa
Como o coelho e o esquilo
Nossos livros de Muchacha Fairtales estão abertos
e buscamos algo desconhecido

Ninguém nunca me disse nada
Cogumelos falam quando são perguntados

Em volta da mesa
Nossos kisses são como diamantes
Mas as penas de galinha d'angola
me deixam mais seguro

Como pudemos esquecer do pato
Ele só diz palavras felizes

Nossos gorros
Meus caramujos escondidos
Seus sapatos de frio
A nossa felicidade surge no entardecer