Vou contar uma história
Sobre William Shelley
Que trabalhava como coveiro
Sempre que podia
William Shelley tinha um amor
E seus pensamentos se perdiam
Entre covas, lápide e epitáfios
E de sua pá esquecia
Seu nome era April
E ela era uma bailarina
Passava todos os dia por ali
Mas não tinha medos supersticiosos
Só apressava o passo quando avistava
O estranho garoto coveiro
E fingia que não via
Corria, corria e corria
Mas certo mágico dia
A vida de William Shelley mudou
Quando um cortejo no cemitério chegou
E uma nova cova precisava ser cavada
Não conhecia nenhum dos parentes
Nem de seus rostos podia lembrar
Mas de uma pessoa ele certamente lembrou
Da pessoa que dormia tranquila
Era April a sua nova inquilina
E tinha o rosto rosado como uma pequena menina
Sua mãe estava como todas as outras
Pobre mãe, pobre pai
O fato é que no fim
Restaram só ele e ela
E muito conversaram
E William descobriu a bela pessoa que April era
Conversaram sobre tudo
Mas não trocaram telefones
Por que no fim do dia
April teve que dormir para sempre
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