地下奇異 - Chika Kii

MOSQUITO (--('',O!O,'')--)



Mommy told me
Someday I had to learn to fly
But yeah she pushed me
And fell down the city

'Cause I'm a mosquito
My eyes are too good
And I'll land where I want to
My bag is too heavy
And I'll piss when I want to

Teddy is 18
And he don't care 'bout me
But I'm small and I'm clever
I'm the sick where I land

'Cause I'm a mosquito
My mind is too evil
And I scream where I want to
And my head still burns
I'll write DAMN where I want to

Crushin' down
Skippin' on
Shoutin' loud
Sense is gone
Take a round
Fishin' on
Close ya' eyes
Turn mind on

哲学 - TETSUGAKU - Filosofia, by Yoshimura-san

Ainda está chovendo lá fora?
Quando parar, você quer sair?
Poderíamos andar de mãos dadas, sem vestir chapéus?

Havia um cachorrinho no lote vazio na beira do rio
Perto dele uma criancinha estava chorando
E perto deles um jovem casal estava se beijando debaixo de uma árvore

A razão de vivermos assim
É que a vida não está nos satisfazendo completamente
Onde na Terra está a felicidade?
Só o que é importante?

Pessoas sempre se preocupam com questões
Que não têm respostas
Pessando nisso, me torno um adulto

ELDER



Estou triste
Algum dia vou morrer
E não sei se
Saudades vou deixar

Meu silêncio
É como um cobertor molhado
E se choro
Só piora

Eu risco as paredes
Eu como pelas beiradas
E aonde não há
Comer a melhor fruta

Minha cabeça dói
E para onde irei?
Sim eu quero ser velho
E esperar eternamente

ROMANCE INDIANO DE VERÃO

É um romance indiano
Sob o sol quente do verão oriental
Meu guarda-sol tem cores do passado
Não sou melancólico
Mas esqueço tudo antes de falar
Mas quando vou pescar
Uma senhora no caminho me para
A sua história é sempre a mesma
A de que seu filho mais velho foi roubado pelo vento
Seus chinelos nunca secam
Mas minhas portas sempre estarão abertas
Eu corro até ficar sem fôlego
Espero minha cabeça girar e me deito na grama
Eu rio mais do que a maior parte das pessoas
E isso não é tão ruim
Sou mais novo a cada dia...

バニーテレビの女 ~ A Garota da TV BUNNY

A deliciosa garota da TV veio me encontrar
Seu coelho, ela o trazia ao seu lado
Tinha olhos igualmente vermelhos
Como os seus sapatos e unhas

A garota da TV não pensa duas vezes
E ela escolhe no cardápio aonde quer ir
Suco de groselha é o seu preferido
O seu celular toca sem parar

Numa tatuagem de coelho de chifre
Há uma pergunta:
"Quando uma mulher está amando
ela realmente usa vermelho?"

昼寝丘で ~ COCHILO NA COLINA

O sol sobe e desce
As aves se perdem na distância
Você cavalga o vento
Suas flores preferidas

No caminho certo
Rumo ao começo de tudo
Nossa cesta de frutas
É kibun bun*

Um intervalo para a nossa ohirune**
Uma nuvem aconchegante
Não feche os olhos
Veremos o que quisermos

Bocejamos despreocupados
A brisa nos torna vivos
Nos limites do mundo
Nosso lugar, indescritível em qualquer mapa

*kibun bun: sonhador
**ohirune: soneca, momento de sono

NOIVA CADÁVER ~ הגופה הכלה


O amor me chamou nos sombrios bosques
E corri para ver o seu rosto
De mim, percebo que ainda foges
Mas como reaparece com Fausto

Por que tuas são minhas lágrimas
E minhas noites contigo são ensolarados dias
Já cansei de declarações fanáticas
Mas agora me acompanho de figuras sombrias

Mas eis que evoco a tua face
E declaro meu amor a tua lápide
E do chão ela finalmente renasce
Minha musa, minha esposa minha égide

Mas percebo que já não podes mas respirar
Pois o ar em teus pulmões não entra mais
Dispus-me pois a começar a cavar
E teu cadáver subiu fugaz

Era Vontade e era Saudade
Tua voz e teus passos eram Morte, mas ainda me seduzem
E longe da cidade
Vimos juntos como as estrelas na floresta reluzem

Estás morta! É fato
Mas és minha noiva e sempre serás!
E por ti eu me mato
Já que viva nunca mais andarás

Agora que tenho a ti
E tu tens a mim
Ficaremos para sempre aqui
E seremos para sempre assim


*Conto baseado na história criada originalmente por Rabbi Isaac Luria, místico judaico que escreveu sobre um rapaz que fez votos a um cadáver e este ressuscitou aceitando seu pedido de casamento.

Alter-egos *_____*

Aqui seguem algumas considerações importantes sobre mim:
Eu criei alguns alter-egos devido a diferente influência que eu utilizo em minhas criações.
O Primeiro, e mais evidente é Dylan Oysterberg
sua personalidade é forte e me veio como um rebelde inglês dos anos 70, uma mistura de Sid Vicious (guitarrista do Sex Pistols) com a personalidade de Iggy Pop (cantor dos The Stooges). Algo mais cru e insano em ideais.


Sid e Iggy respectivamente.

O segundo alter-ego que criei foi Johnny Silverleaf.
Este é mais rural, mas não menos inocente, ele é a união de dois ícones de forte personalidade, James Dean (ator dos anos 60) com algum cantor de música bluegrass, como Hank Snow, Bob Dylan, Buddy Holly. Ele escreve sobre peregrinações e viagens, mas não chega a ser tão bucólico.


James Dean em "Rebel Without a Cause" e Bob Dylan jovem

O terceiro alter-ego é Aaron Catwell.
Sua origem vem do campo, e ele é o mais platônico e inocente, é uma parte infantil e remete a uma infância no campo repleta de liberdade e despreocupação com os valores socio-urbanos. Escreve sobre a vida no campo e a simplicidade das coisas. É inspirado na história "As Aventuras de Huckleberry Finn" de Mark Twain, que retrata a jornada de dois amigos pelo sul norte-americano.


imagens de Huckleberry Finn, de Mark Twain.

Por último, ainda criei por acaso Filippo.
Este é de longe o mais complexo e por isso é indefinido,
Não há influências nem inspirações,
Talvez seja o mais próximo de mim mesmo.







PEPPERMINT CANDIES

O rato gentil soprou no meu ouvido
Que eu podia conter meus sonhos
Mentira! Rato traiçoeiro!
Eu caminhei pela estrada de mesma cor
Nas noites tristes havia sempre um motivo
Nos dias quentes eu deitava sob uma árvore
Como uma iguana
Um outro meio de ser feliz é não contar os passos
São 23:23 e turnabout parece justo
Se você não tem alguém,
Você não tem uma motivação
Eu desviei novamente o olhar para o horizonte
E vi uma promessa se formar no firmamento
Quando você parte, não há um porquê
Aquele quarto ficou em meus pensamentos
Mesmo um adulto pode ser subornado
Mas não por um peppermint candy, não.

Johnny Silverleaf

ANNABEL LEE, by Edgar Allan Poe

Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.

Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.

E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.

E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.

Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.

Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.

O CORVO, de Edgar Allan Poe

Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."

Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora.
E que ninguém chamará mais.

E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto, e: "Com efeito,
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."

Minh'alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós, — ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo, prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.

Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu, como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Entro coa alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma cousa que sussurra. Abramos,
Eia, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso,
Obra do vento e nada mais."

Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo, — o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "O tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais".

Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Cousa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é seu nome: "Nunca mais".

No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda a sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o corvo disse: "Nunca mais!"

Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais".

Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera,
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais".

Assim posto, devaneando,
Meditando, conjeturando,
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava.
Conjeturando fui, tranqüilo a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da lâmpada caíam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.

Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o corvo disse: "Nunca mais".

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o corvo disse: "Nunca mais".

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais,
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!”
E o corvo disse: "Nunca mais."

“Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa! clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fique no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua.
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o corvo disse: "Nunca mais".

E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e, fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!


You have my smiles and I have your tears

And if someday for some reason

You cry, I'll be by your side

For licking your tears

And turn it in smiles...

POISON ~ by Dylan Oysterberg




You have poison on your tongue
I taste before and now I'm dying
It started boiling on my tongue
Then it left me flying

Scratches and scars
drawing all my body
Brand new blood
running on my body

Last night
Last drop
Until I'm dying for it
First taste
was able to left me ADD

You have a potion in your pocket
It's bad and it left you bad too
No flour, no tablet, no syringe
It's just a poison in your soul

CATAPORA, E AGORA?

Quando eu menos esperava
Uma doença me acometeu
Primeiro nem me preocupava
Mas em casa ela me prendeu

Andava feliz e despreocupado
Bem antes dela ter me derrubado
Só me restou repousar agora
Que descobrira estar com catapora

Mas, para mim mesmo jurei
Que macambúzio eu não ficarei
Para finalmente Ela sarar
Inerte deverei ficar

Por fim, desejo-lhes boa viagem
E que outro vá infectar
Que fique apenas de passagem
Pois normal de novo quero estar

Só assim os amigos de mim lembraram
E finalmente me ligaram
Tomara que não seja por causa Dela
A maldita (e passageira!) Varicela!

JW PUEM ATSA GARRO FLEA ~ JEW POEM WHEN THE BOY RAN AWAY

No circo de Outono
meu desejo é um besouro
Seguirei o cisne branco até o meu destino
Enquanto um velho caolho me diz
"etnerf me agis"*
Minha fome é uma noite sem estrelas
E num cavalo negro de nome Hooket
Eu andarei nos vestígios do desconhecido
De cenas passados,
momentos errados,
palavras não ditas.
Mas antes que meu sangue derrame a última gota,

"Baruch Dayan Ha'Emet!"**







* etnerf me agis: siga em frente
** Baruch Dayan Ha'Emet: saudação fúnebre judaica que é traduzida como "Bendito seja o Verdadeiro Juiz"

P.S.: o título do poema é escrito originalmente numa língua criada por mim, o belloq.