Monchy-Le-Preux (Noite Francesa), de C.S. Lewis


Longas léguas em cada mão nas trincheiras
E tudo continua, agora anoitece nas raias
Bebemos em um gelado silêncio divinal
Acima de nossas cabeças a lua pálida cavalga.

As garras fortes e assustadoras de uma vila saqueada;
Fora da serra que engoliu o sol,
Que estava raivoso e desistiu
Ia para a direita e esquerda perto de onde toca o céu.

Um avião barulhento vem vindo, ele parece
Uma mosca indo à Lua. Ele se dirige
Ao circulo pálido e certamente se achega
Aquela terra branca dos melhores sonhos.

Falso e fantasioso zombador! Sonho
Com quem agora só pode ver vulgarmente
Aquele que não está perto da Lua comigo
Ela é só uma rocha perto do Sol potente.

Como eu pude sonhar?
Eu sou um lobo. Voltei ao meu lugar,
Voltei aos lobos que eram humanos
que só podem latir e não mais cantar.

Poema de Spirits in Bondage de C.S. Lewis publicado em 1919 com o pseudônimo de Clive Hamilton, quando tinha vinte anos.

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